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sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Design, desenvolvimento Local e Identidade

Design, Desenvolvimento Local e Identidade

Por meio do design são criados produtos que empregam elementos da história local, das características do lugar e das pessoas envolvidas.




O design está nos produtos, nas embalagens, no material promocional, nos padrões estéticos e ambientais, na identidade visual do produto e da empresa. Pode determinar a escolha de materiais e modos de produção e, dessa forma, contribuir para a redução de custos e maior adequação a exigências ambientais.



Designer e artesã se dão as mãos para a produção de um trabalho conjunto que leva as duas marcas: a marca do especialista em criação e sofisticação e a marca da tradição em produtos feitos a mão da artesã.


Extraído de:


"De Bonecas, Flores e Bordados: investigações antropológicas no campo do artesanato em Brasília". Tese de Doutorado. Brasília, UNB, 2008.

Artesanato de Exportação em Brasília

Produção artesanal de Brasília é conhecida no Brasil inteiro e exportada.






Buscando a inspiração no folclore brasileiro, Kátia desenvolveu os produtos do projeto Apoena visando a sofisticação do artesanato. De olho em um público mais refinado, e com maior poder aquisitivo, Kátia aposta na produção artesanal como um diferencial para agregar valor ao produto. “São peças feitas à mão, pelas artesãs, isso não pode custar barato, eu preciso valorizar o trabalho delas”.



A organização Apoena já participava dos eventos de moda do Rio de Janeiro e também de São Paulo, Fashion Rio e São Paulo Fashion Week. Em seguida foram convidadas a participar também de eventos internacionais, integrando feiras de moda em Portugal e na França, para onde começaram a exportar.

A proposta da organização é produzir moda vinculada à ação social. De acordo com Kátia, Apoena significa “aquele que enxerga longe” na língua tupi.

(Reportagem do Correio Brasiliense, Brasília, 2008)


O objetivo do projeto Apoena seria a inclusão de mulheres que em sua maioria trabalham em casa, perto dos seus filhos, garantindo-lhes renda e uma melhor qualidade de vida. Tal projeto, denominado Apoena, é criação da designer Kátia Ferreira, idealizadora do Instituto Proeza, uma organização não-governamental cujo foco são famílias de baixa renda, ou em situação de desemprego. Kátia criou um projeto que pudesse gerar renda e ao mesmo tempo mantivesse as mães perto de seus filhos.

Extraído de:

"De Bonecas, Flores e Bordados: investigações antropológicas no campo do artesanato em Brasília". Tese de Doutorado. Brasília, UNB, 2008.

domingo, 2 de março de 2008

Arte e Design

Design do ponto de vista Africano



"One cannot live without the things that are so nice".
Proverb of the Guro, Ivory Coast.



O design é uma das profissões em alta no momento. Em português seria bem traduzido por "desenho". Trata-se de uma função de criação e aperfeiçoamento de técnicas.
O "designer" é um tipo de artista, que encontra inspiração para exercer sua criatividade, sem descuidar do foco do trabalho, que em geral se destina ao mercado consumidor. O "design" esta ligado a sofisticação, e vai ver é por isso mesmo que no Brasil empregamos a palavra em inglês mesmo, que fica mais "chic".
Sujeito pós-moderno, o designer está ligado na efemeridade das tendências fashion que se renovam e reatualizam com pressa. Existe para ser consumido mesmo.
Eu me pergunto sobre a relação entre Arte e Design.
Não resta dúvida de que o Designer é considerado um artista no mundo de hoje, nas sociedades de capitalismo avançado. Um móvel de design sai caro, uma assinatura vale dinheiro, muito dinheiro. Seria a atualização do artista, que cansado da arte pela arte se volta para o mercado consumidor.
Diria Bourdieu que a existência do artista pressupõe que exista um campo das artes, no qual ele deverá se inserir, para ser conhecido e reconhecido, na dinâmica interna a esse campo específico.
Mas e nas chamadas sociedades primitivas?
O design estava presente e ainda assim permaneceria anônimo o criador, autor?
Ou seria apenas função da nossa falta de reconhecimento do talento individual nas sociedades primitivas?
Novos questionamentos vão se somando a essas linhas mal traçadas, gerando novas reflexões...
de todo jeito, o design também "é bom pra pensar", como diria Levi-Strauss.


Referencias

Bourdieu, Pierre. A Economia das Trocas Simbolicas. Sao Paulo: Edusp.

Levi-Strauss, Claude. "A Eficacia Simbolica" in: Antropologia Estrutural. Petropolis: Vozes.

Price, Sally. Arte Primitiva em Centros Civilizados. Sao Paulo: